O Batismo da Kombi-Nando ou a Kombi que poderia ter sido chamada de Maria Bonita

Grande parte dos kombeiros escolhem o nome de suas Kombis após a compra ou ao final da adaptação. Conosco foi diferente, mesmo antes de batermos o martelo na decisão de comprar uma, o nome já havia sido definido.

Vamos relatar como isso ocorreu e o que poderia ter ocorrido caso deixássemos para batizar após a compra.
Essa história começa com a ... criação de cachorros e seus nomes.
Luciano com os filhotes de Sabonete com Lili - ninhada de 13, sobreviveram 11
Já criamos vira-lata; dálmata; boxer e poodle. 
Sendo nordestino, e reconhecendo Lampião como um grande ícone gravado na memória coletiva de todos os nordestinos, resolvi, como uma forma de homenagem, adotar nomes de cangaceiros em todos os cachorros que criamos, com a exceção do dálmata - um presente para minha filha quando criança e que foi batizado por ela com o nome de Tobi.

A saga, naturalmente, começou com Lampião nome dado a um vira-lata; depois dele vieram: Sabonete um mestiço boxer com vira-lata; os boxers: Corisco; Sila e Lili; os filhotes de Sabonete com Lili: Mocinha e Dadá; os poodles: Chumbinho; Maroca e Estrelinha.

Maria Bonita e seus cachorros
Seguindo essa tradição familiar-canina, um bom nome para a Kombi, com certeza, seria: Maria Bonita.

Mas o  nome Kombi-Nando surgiu ao acaso, em um momento que não estava nem pensando na Kombi. Quando veio à mente a palavra Combinando, lembrei da velha tradição dos pais batizarem seus filhos com um nome formado pela junção de parte do nome da mãe com parte do nome do pai. Aí se deu o estalo: Combinando - Kombinando - Kombi-Nando.

Relembrei o que ocorreu quando da gravidez da minha mulher. Na ocasião tomamos a decisão de caso o bebê fosse mulher ela escolheria o nome, caso homem eu escolheria.

Para testar as reações da família, disse que iria registrar o menino com o nome de Virgulino - obviamente uma homenagem a Virgulino Ferreira, o Lampião.

A família toda protestou argumentando que além de feio não deveria homenagear um "fora da lei". Levei o teste ao extremo e disse que tudo bem, como ninguém tinha concordado, eu iria seguir a tradição de juntar pedaços dos nomes dos pais.

E aí, para espanto geral, disse que de Lucimar eu aproveitaria o LUCI e de Fernando o FER e a junção dos dois daria o nome de LÚCIFER. A confusão foi grande e, em função dessa brincadeira, quando fui registrar minha filha, minha mãe mandou um tia me acompanhar para garantir que eu não iria fazer nenhuma besteira.

Kombi-Nando pode não ter sido um bom nome para a Kombi, mas com certeza ele tem história!


Clique para baixar o livro


Para quem achou que o meu gosto na escolha de nomes é um tanto esdrúxulo, recomendo a leitura do livro "Nomes Próprios Pouco Comuns" do escritor pernambucano Mário Souto Maior, que pesquisou e catalogou nomes que me transformam em um homem de bom gosto na escolha de nomes.
O livro encontra-se disponível para download em:
 http://www.soutomaior.eti.br/images/pdflivros/nomes_proprios.pdf




Para saber mais sobre os Cangaceiros, seus nomes e seus pseudônimos veja o blog Tok de História

Um comentário:

  1. Sou testemunha da veracidade de tudo que foi escrito sobre a Kombi-Nando, incrível é constatar que o autor não esqueceu de nenhum detalhe e manteve imaculado o seu perfil de homem fiel a sua ideologia.
    Agora mais do que nunca acredito na continuidade do projeto "Kombi-Nando".
    Abraço...e que a sua felicidade esteja sempre presente nessa nova etapa de vida.
    Grato pelo incentivo
    Nildo Cassundé

    ResponderExcluir