O Nascimento da Kombi-Nando

A Kombi que nasceu do cruzamento de um Cavalo com uma Bicicleta


No dia 4 de junho de 2018 - dia em que completei 70 anos - me dei de presente um Cavalo de Carrossel. Brinquedo que desejava desde os 7 anos.
Comprei o cavalo em um dos pequenos Parques de Diversões que ainda resistem aos brinquedos eletrônicos, perambulando pelas pequenas cidades do interior e pelos bairros periféricos das grandes cidades.
O cavalo, além de rachaduras na fibra de vidro, estava com a pintura em péssima condição. Mandei fazer a restauração da fibra, a pintura de branco e por fim os grafismos, deixando-o novo e vistoso como os cavalos das memórias da minha infância.
Gostei do resultado e da experiência - o prazer de recuperar um objeto - que tem um significado simbólico que ultrapassa a sua simples posse ou uso.

Parti para a segunda experiência: restaurar a bicicleta da minha mulher - uma Monark Princesa com de 39 anos. 


Restauração quase concluída resolvi procurar outro objeto para restaurar.


O Gurgel Tocantins foi a primeira coisa que veio à mente. 

Fui proprietário de um por 9 longos anos e, mesmo tendo trocado-o por um jipe de outra marca - com o qual fiquei 17 anos -, sempre que vejo um Gurgelzinho na rua, sinto uma pontada de nostalgia.

Comecei a pesquisar um Gurgel para comprar, mas uma dúvida surgiu: o que fazer com o Gurgel depois de restaurado?. Aposentados não necessitamos mais de 2 carros na família e deixar o Gurgel parado sem uso não fazia sentido.
Enquanto matutava sobre essa questão, por mero acaso, vi um vídeo no Youtube de um dos vários casais que saíram pelo mundo a bordo da "Velha Senhora". Gostei, vi outro, mais outro, outro e outro .... e aí nasceu a ideia da Kombi-Nando. A Kombi, ao contrário do Gurgel, não vai ficar parada na garagem.
Como tudo começou com um cavalo de carrocel e uma bicicleta Monark, nada mais justo considerar que a nossa Kombi nasceu do cruzamento de um cavalo com uma bicicleta.

Mas a história não termina aqui, tal como os velhos seriados das matinês de fim de semana nos antigos cinemas de rua, ....continua na próxima postagem.

Informações relevantes aos leitores do blog

O primeiro canal do Youtube que assisti foi o "Turismo Pé de Chinelo". Com certeza foi um dos que mais nos motivou a comprar uma Kombi.

Turismo Pé-de-chinelo
(Stefane e Luíd)

Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCaA4bQAfKP7YC8sQdnfykRA
Instagram: https://www.instagram.com/turismopedechinelo/
Facebook: https://www.facebook.com/turismopedechinelo
Blog: http://turismopedechinelo.blogspot.com/

Dentre os vários canais de kombeiros destaco:

Nois Pelo Mundo(Crys e Sales)

Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCiMdwnQSOOND6-zGVUgRlhw

KombiTube
(Paulo Carneiro)

Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCOiU6l2cS2es0aoqJO6bBfg
Instagram: https://www.instagram.com/eupaulo_carneiro/?hl=pt-br
Viralakombi!
(Tati e Joel)

Instagram: https://www.instagram.com/viralakombi/?hl=pt-br

Garagem
(Flávio Varão)

Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCAXUk8BQRT0YILZ6q47sgpg

Nas próximas postagens irei listando outros interessantes canais.


2 comentários:

  1. Que excelentes iniciativas! Parabéns por tomar a decisão de viajar por terra numa idade em que normalmente a gente desacelera. Acho as kombis antigas muito lindas. Porém, como já viajei muito nesses veículos (nunca para longe) e sofri muito na direção delas (na cidade), só acho bonito de ver de fora! Kkk!

    ResponderExcluir
  2. Se para muitos parece uma maluquice, para mim é pleno de sentido. Procurei os motivos que os levarão por estas sendas, para logo descobrir que a citação de Fernando Pessoa junto à reminiscências de objetos do passado, apontam para uma necessidade de reinterpretar o mundo a partir de suas próprias histórias. A escolha da lenta Kombi em um mundo dominado pelos velozes carrões está carregada de simbolismo. O que se busca aqui é esticar o tempo medido pelos instrumentos dos homens, o fazer passar de forma mais lenta, pela quebra da rotina proporcionada pelo novo que os surpreenderá em vossas viagens. E aí talvez haja um boa resposta para os que, montados em seus velozes carrões , se queixam da passagem dos anos sem que possam se dar conta: se submeterem as rotinas, ao império dos interesses, que os permite comprá-los.
    Agora, como vocês, cabeças regidas pela dialética, ao contrário de elegerem um livro do tipo “Conheça o Brasil em 100 dias dirigindo uma Kombi”, vem com um trecho de Desassossego, em que o autor , que abominava sair de Lisboa, faz uma apologia ao sedentarismo, não veria incoerência em vocês deixarem a Kombi na garagem, estática como o cavalo de carrossel recuperado, e viajarem apenas no pensamento. :)
    Em tempo. Creio que o sedentarismo de Fernando Pessoa deveu-se à impossibilidade de seus heterônimos chegarem a um consenso de onde deveriam ir. Talvez entre vocês a coisa seja mais simples:).

    ResponderExcluir