A Compra da Kombi ou As Aparências Enganam

Decisão tomada: comprar uma Kombi Clipper, modelo standard, ano de fabricação até 1997.

Pesquisamos, durante vários dias os anúncios na internet e dentre as kombis à venda selecionamos 12  (com base nas fotos e nas descrições dos veículos e faixa de preço) para serem examinadas:
 
Kombis selecionadas por ano e valor

 Ano - Quantidade -   Valor
1994 -         1         - 10.000,00
1995 -         3         entre 9.000,00 e 11.000,00
1996 -         6         entre 6.400,00 e 18.000,00
1997 -         2         11.000,00 e 14.300,00

Ordenamos as selecionadas em ordem decrescente de interesse:
Primeira selecionada: ano 1995 - R$ 11.000,00
Segunda selecionada: ano 1996 - R$ 12.000,00
Como decidir entre uma ou outra?
Seguimos o seguinte raciocínio:
  • a Kombi tradicionalmente é usada para o trabalho e não o lazer;
  • veículos com mais de 20 anos de uso colocados à venda, dificilmente encontram-se em perfeitas condições mecânicas;
  • defeitos mecânicos são totalmente solucionáveis, seja pela retífica das peças ou no limite pela substituição total da peça defeituosa;
  • defeitos na estrutura e na lataria nem sempre são solucionáveis completamente e a contento.
Conclusão: o importante era encontrar uma kombi em perfeitas condições de lataria e estrutura, de preferência que não tivesse sido usada no transporte de cargas e cujo histórico do veículo fosse conhecido.

Caímos em campo e, acompanhados pelo amigo Sérgio - dono da Vitorino Auto -, fomos examinar a primeira selecionada. Ao pararmos o carro em frente à kombi, Sérgio foi taxativo: "se é essa, por mim nem desço do carro". Mesmo assim descemos e Sérgio foi mostrando os defeitos que aos meus olhos de leigo estavam invisíveis: excesso de massa plástica em determinados pontos; indícios de possível colisão na parte traseira; etc.

Partimos para a segunda. Kombi parada a cerca de 5 anos, sem bateria, alienada e com a documentação atrasada - histórico nada animador!

A kombi estava na garagem em local apertado. Sérgio mesmo assim deu a volta em torno dela, passou a mão pela lataria como se estivesse acariciando-a e depois chegou no meu ouvido e disse: "É essa!!!"

Empurramos a kombi para a rua e fizemos uma vistoria completa: estado das longarinas por baixo da carroceria; assoalho da cabine e do salão; alinhamento das portas, etc. etc. etc.

Começa a negociação e na conversa descobrimos o histórico completo da kombi: 2º dono, que a adquiriu com apenas 2 anos de uso; usada apenas no transporte de passageiros - da família e no transporte alternativo - dos 23 anos de existência, mais de 20 anos na mão de um único motorista.

Negociação concluída: R$ 11.000,00 para o dono entregar com os débitos pagos; livre de alienação e com bateria. Data: 24 de Janeiro de 2019, cerca de 3 meses após começar nosso interesse pela Kombi Home.

Conclusão: aquela que parecia a Kombi ideal foi uma decepção e a que aparentava não ser muito atrativa enquadrou-se perfeitamente no perfil da que estávamos à procura.

Em 6 de Janeiro fiz um adiantamento; em 7 de Fevereiro - após terem sido quitados os débitos e dado baixa no gravame - efetuei o pagamento do saldo; em 8 de Fevereiro foi feita a transferência de propriedade e em 11 de Fevereiro fomos buscar a kombi na casa do antigo proprietário, mas essa etapa será contada na próxima postagem.


Para quem vai comprar um Kombi, recomendo os seguintes vídeos:

Canal GraCha - imparando a vivere: 18 Passos para Comprar uma Kombi

Canal Oficina Garagem: Vale a Pena Comprar Kombi para Fazer Funilaria???


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